Os Houthis confirmaram neste sábado (30) que um ataque aéreo israelense matou, na quinta-feira (28), o primeiro-ministro do governo rebelde do Iêmen, Ahmed al-Rahawi, na cidade de Sanaa. O ataque também resultou na morte de diversos ministros, conforme comunicado do grupo. O exército israelense afirmou que atingiu um alvo militar do regime Houthi, enquanto os rebeldes alegam que os ataques visam demonstrar solidariedade com os palestinos em meio ao conflito na Faixa de Gaza.
Os Houthis, militantes xiitas que controlam a maior parte do norte do Iêmen desde 2014, têm enfrentado uma intervenção militar liderada pela Arábia Saudita que busca restaurar o governo reconhecido internacionalmente. A morte de al-Rahawi ocorre em um contexto de crescente violência e tensões regionais, com os Houthis intensificando seus ataques contra Israel como parte de sua ideologia antiamericana e antissemitista. O grupo se vê como parte de um “eixo de resistência” que inclui o Hamas e o Hezbollah.
A morte do primeiro-ministro rebelde pode ter implicações significativas para a dinâmica da guerra civil no Iêmen e para as relações entre os Houthis e Israel. Com a escalada dos ataques e a resposta militar israelense, a situação humanitária no Iêmen, já crítica, pode se agravar ainda mais, aumentando o sofrimento da população civil em meio a uma das piores crises humanitárias do mundo.

