Um ataque aéreo israelense realizado na quinta-feira, 28 de agosto de 2025, resultou na morte do primeiro-ministro do governo Houthi, Ahmad Ghaleb al-Rahwi, e de outras lideranças do grupo rebelde que governa o Iêmen. A confirmação da morte ocorreu no dia 30, através da agência de notícias do governo iemenita, que citou uma declaração de Mahdi al-Mashat, chefe do Conselho Político Supremo dos houthis. Al-Rahwi havia assumido o cargo há menos de um ano, mas não era considerado o líder de fato do governo, função que passa a ser exercida por seu vice, Mohamed Moftah.
O ataque israelense teve como alvo não apenas al-Rahwi, mas também o chefe do Estado-Maior e o ministro da Defesa dos houthis, que são aliados do Irã. Os houthis estão em guerra com o governo do Iêmen desde 2014 e controlam grande parte do país, situado a mais de 1.800 quilômetros de Israel. Juntamente com o Hamas e o Hezbollah, os houthis fazem parte do que o Irã considera o “eixo da resistência” contra Israel e têm realizado ataques no Mar Vermelho em apoio aos palestinos em Gaza.
A morte de al-Rahwi pode ter implicações significativas para a dinâmica do conflito no Iêmen e para as relações entre Israel e os grupos apoiados pelo Irã. A escalada das hostilidades entre Israel e os houthis pode resultar em uma intensificação dos ataques aéreos israelenses na região. Além disso, a situação é complexificada pela presença dos Estados Unidos, que têm apoiado Israel e realizado ataques contra posições rebeldes no Iêmen desde janeiro de 2024.