Um ataque aéreo realizado por um drone israelense nesta segunda-feira (25) atingiu o hospital Nasser, no sul da Faixa de Gaza, resultando na morte de quatro jornalistas freelancers. Os profissionais, que atuavam para agências internacionais como Reuters e Al Jazeera, estavam no local para realizar transmissões ao vivo quando foram surpreendidos pelo ataque. O incidente ocorreu no último andar de uma escada de incêndio do edifício Al Yassine, um ponto estratégico utilizado por jornalistas devido à boa conexão elétrica e de internet.
Os jornalistas mortos foram identificados como Hossam Al Masri e Mohamed Salama, cinegrafistas da Reuters e Al Jazeera, respectivamente, além de Mariam Abu Daqqa e Moaz Abu Taha, repórteres da AP e NBC. O ataque aéreo consistiu em dois impactos, sendo que o primeiro atingiu diretamente um dos cinegrafistas, enquanto colegas e socorristas que prestavam ajuda foram atingidos pelo segundo impacto. A ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza tem se mostrado uma das mais mortais para jornalistas nas últimas décadas, com 244 profissionais mortos desde outubro de 2023, conforme dados do governo local.
A situação em Gaza se agrava à medida que Israel classifica a área como uma “zona vermelha”, tornando o trabalho da imprensa extremamente arriscado. Além disso, a restrição à entrada de jornalistas estrangeiros limita a cobertura da situação no enclave, que depende fortemente de repórteres locais. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) destaca que a atual ofensiva é uma das mais letais para a mídia em anos, levantando preocupações sobre a segurança dos profissionais e a liberdade de imprensa na região.