Imagens capturadas nesta segunda-feira, 25 de agosto de 2025, mostram o momento em que jornalistas e equipes de resgate são atingidos por mísseis disparados por Israel contra o Hospital Nasser, localizado em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. O ataque resultou na morte de 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas, e deixou dezenas de feridos, conforme relatado pelo Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas. O Hospital Nasser é o maior e único ainda em funcionamento na região sul de Gaza e foi atingido por dois mísseis israelenses. Testemunhas relataram à Reuters que houve um intervalo entre as explosões: a primeira ofensiva causou mortes imediatas; a segunda ocorreu minutos depois, quando jornalistas e equipes de resgate prestavam socorro aos feridos e retiravam corpos do local. Em um dos vídeos gravados por um repórter dentro do hospital, é possível ver profissionais tentando socorrer vítimas do primeiro bombardeio antes que uma segunda explosão interrompesse a gravação. Segundo a Defesa Civil de Gaza, este foi o 26º ataque contra equipes de resgate desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023. As Forças de Defesa de Israel confirmaram o bombardeio, alegando que não tinham como alvo jornalistas ou civis. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou o episódio como um “acidente trágico”, mas não forneceu explicações sobre o objetivo da operação ou a presença de jornalistas entre as vítimas. Entre os mortos estavam profissionais palestinos que atuavam para veículos internacionais; a Reuters confirmou a morte do freelancer Hussam al-Masri e relatou que outro contratado, o fotógrafo Hatem Khaled, ficou ferido. A Associated Press (AP) e a emissora Al Jazeera também confirmaram perdas. Israel proíbe a entrada de jornalistas estrangeiros em Gaza, contrariando recomendações da ONU. Para contornar essa restrição, agências e grandes veículos recorrem a repórteres palestinos locais, que estão mais expostos aos bombardeios. Segundo o Sindicato de Jornalistas Palestinos, mais de 240 repórteres já foram mortos por forças israelenses desde o início do conflito em outubro de 2023.