Um ataque aéreo israelense ao hospital Nasser, localizado em Khan Younis, Gaza, na segunda-feira, 25 de setembro, resultou na morte de pelo menos 20 pessoas, entre elas cinco jornalistas. Segundo um relatório inicial do Exército de Israel, uma câmera supostamente posicionada pelo Hamas foi identificada na área, o que levou à conclusão de que o ataque tinha como objetivo observar as forças israelenses. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu lamentou o ocorrido, classificando-o como um “acidente trágico”.
O hospital Nasser é o único em funcionamento na região sul da Faixa de Gaza e foi atingido por dois mísseis em um intervalo que permitiu a presença de equipes de resgate e jornalistas no local. A dinâmica do ataque, conhecida como “double tap”, é frequentemente utilizada para atingir socorristas e pode ser considerada crime de guerra. O Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas, confirmou os números de mortos e feridos, enquanto o Exército israelense expressou pesar por qualquer dano a civis.
O ataque gerou uma onda de condenações internacionais, com líderes como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente francês, Emmanuel Macron, expressando sua indignação. Organizações de mídia e direitos humanos também pediram responsabilização e proteção para jornalistas em zonas de conflito. A situação destaca os riscos enfrentados por profissionais da imprensa em áreas de guerra e levanta questões sobre a segurança e a liberdade de cobertura jornalística em contextos tão voláteis.