O presidente da Argentina, Javier Milei, foi alvo de um ataque durante uma carreata em Lomas de Zamora, ao sul de Buenos Aires, sendo necessário evacuar o local às pressas. Ativistas lançaram pedras e garrafas contra a comitiva, gerando tensão em meio à reta final da campanha para as eleições legislativas. A situação se agrava devido ao desgaste político do governo, com denúncias de corrupção envolvendo a irmã do presidente, Karina Milei.
Durante o incidente, o veículo em que Milei se encontrava, acompanhado por Karina, o deputado José Luis Espert e Sebastián Pareja, foi atingido por objetos arremessados no centro de Lomas de Zamora. Com a ordem de evacuação imediata dada pela segurança presidencial, o grupo deixou o local em um carro fechado, enquanto Espert partia em uma motocicleta. O candidato Maximiliano Bondarenko teria sido atingido por uma pedra, aumentando a tensão no episódio. Os libertários acusaram militantes kirchneristas e ligados ao prefeito Federico Otermín de serem os responsáveis pelo ataque.
Em entrevista à TV argentina TN, Espert afirmou: “O kirchnerismo é violência”. O porta-voz presidencial Manuel Adorni também apontou a oposição, caracterizando o episódio como uma demonstração de “kirchnerismo em estado puro e um modelo de violência do passado”. Apesar da confirmação de que não houve feridos, confrontos entre apoiadores de Milei e militantes opositores seguiram no centro de Lomas de Zamora após a evacuação do presidente. O contexto de desgaste político se intensifica com denúncias de corrupção na Agência Nacional de Deficiência, envolvendo o ex-diretor Diego Spagnuolo e possíveis pagamentos ilícitos relacionados a Karina Milei.