A Assembleia Legislativa de El Salvador aprovou na quinta-feira (31) uma proposta que altera a Constituição do país, permitindo a reeleição presidencial por tempo indeterminado. A medida, que recebeu 57 votos a favor e apenas 3 contra, foi amplamente apoiada pelo partido do presidente Nayib Bukele, Novas Ideias. Com a reforma, o mandato presidencial será estendido de cinco para seis anos e o segundo turno nas eleições será abolido.
Bukele, que foi reeleito em fevereiro de 2024, teria seu segundo mandato encerrado em 2029. No entanto, a nova legislação estabelece que as eleições presidenciais ocorrerão simultaneamente às eleições legislativas e municipais, com o próximo pleito previsto para 2027. A deputada Ana Figueroa, do partido governista, defendeu a proposta, afirmando que a população terá o poder de decidir por quanto tempo deseja apoiar seus representantes.
A aprovação da reforma gerou controvérsia entre os opositores, que temem a consolidação de um regime de partido único no país. A deputada Marcela Villatoro, da oposição ARENA, criticou a medida, afirmando que "a democracia morreu hoje em El Salvador". A proposta reflete uma mudança significativa no panorama político do país, levantando preocupações sobre a continuidade democrática e a pluralidade política.