O governo da Argentina confirmou, na quinta-feira, 14, que o número de mortes por fentanil contaminado chegou a 100. As primeiras denúncias foram registradas em maio, mas a polêmica aumentou nas últimas semanas devido à lentidão na resposta à crise. O surto infeccioso, causado por bactérias presentes no fentanil, afetou hospitais em Buenos Aires e nas províncias de Santa Fé, Formosa e Córdoba.
As investigações começaram após denúncias à Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica (Anmat), que resultaram na inabilitação do laboratório HLB Pharma Group S.A. e na apreensão de bens de 24 pessoas. O presidente Javier Milei criticou os apoiadores da ex-presidente Cristina Kirchner e pediu a prisão do empresário Ariel Garcia Furfaro, dono do laboratório, que nega as acusações e afirma que os pacientes já apresentavam outras infecções.
O caso levanta sérias questões sobre a segurança dos medicamentos no país e a responsabilidade das autoridades de saúde. Com a investigação em andamento e mais mortes sob análise, a pressão sobre o governo argentino aumenta para garantir justiça e prevenir novas tragédias. A situação também pode impactar as eleições legislativas de outubro, com Milei utilizando o caso para fortalecer sua posição política.