O governo da Argentina, sob a liderança do presidente Javier Milei, anunciou em 26 de agosto de 2025 a inclusão do Cartel de Los Soles no Registro Público de Pessoas e Entidades vinculadas a Atos de Terrorismo e seu Financiamento. Segundo o comunicado oficial, essa ação visa cumprir compromissos internacionais no combate ao terrorismo e ao crime organizado. Os Estados Unidos associam o grupo ao presidente venezuelano Nicolás Maduro, cuja existência é contestada por outros líderes sul-americanos, como Gustavo Petro, da Colômbia.
A decisão da Argentina é parte de um esforço mais amplo para fortalecer mecanismos de prevenção e sanção contra operações de financiamento ligadas ao terrorismo e ao crime organizado. O governo argentino afirma que relatórios oficiais comprovam atividades ilícitas do suposto cartel, incluindo tráfico de drogas e contrabando. Além disso, o porta-voz do governo, Manuel Adorni, descreveu o Cartel de Los Soles como uma “organização criminosa”, reforçando a posição argentina em relação à segurança hemisférica.
Essa medida ocorre em um contexto de crescente pressão dos Estados Unidos sobre Maduro, que já enfrenta uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à sua prisão. O Paraguai também adotou uma medida similar, considerando o Cartel de Los Soles uma organização internacional terrorista. As ações dos dois países refletem uma tentativa de consolidar esforços regionais no combate ao narcotráfico e à criminalidade transnacional.