Casas de apostas têm se proliferado em Atalaia do Norte, localizada na margem direita do Rio Javari, na Amazônia. O local tem atraído tanto moradores urbanos quanto indígenas, que participam de apostas em esportes e bingos eletrônicos, com prêmios que podem alcançar R$ 10 mil. Eduardo Costa, funcionário de uma das casas, afirma que a confiança no sistema é alta, com mais de 100 pessoas frequentando diariamente.
O fenômeno das apostas levanta preocupações sobre a vulnerabilidade das comunidades indígenas em ambientes urbanos. Aderbal Vieira, do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp, compara o jogo ao consumo de álcool, ressaltando que essas populações enfrentam desafios únicos ao transitar entre diferentes mundos sociais.
As implicações desse crescimento no setor de apostas são significativas, pois podem exacerbar problemas sociais existentes nas comunidades indígenas. Especialistas alertam que a popularização do jogo pode levar a um aumento na dependência e em comportamentos de risco, exigindo uma atenção maior das autoridades e da sociedade civil.