Neste domingo, 15 de outubro, a Avenida Paulista foi palco de um protesto organizado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve como principais alvos o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O evento, que ocorreu sem a presença de Bolsonaro devido a restrições judiciais, contou com a participação do pastor Silas Malafaia, que se destacou como o principal orador, reiterando críticas a Moraes e pedindo a anistia para bolsonaristas.
Malafaia, conhecido por suas declarações polêmicas, chamou Moraes de "criminoso" e pediu o arquivamento das ações judiciais contra os apoiadores de Bolsonaro. O pastor também defendeu o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que tem sido alvo de críticas por sua articulação com autoridades norte-americanas em relação a sanções contra o Brasil. Durante o ato, Malafaia acusou Lula e outros políticos de esquerda de denunciarem o país em cortes internacionais, referindo-se ao contexto da Operação Lava Jato.
O evento também contou com discursos de diversos parlamentares, que pediram anistia a Bolsonaro e criticaram a atual administração. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, afirmou que a presença de Bolsonaro nas eleições de 2026 é essencial para a paz no país, enquanto o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, esteve presente, mas não discursou. A manifestação, embora significativa, apresentou uma redução de público em comparação a eventos anteriores, refletindo a diminuição do apoio popular ao ex-presidente em meio a investigações em curso.
Os dados do Monitor do Debate Público do Meio Digital, da USP, indicam que a participação em atos bolsonaristas caiu drasticamente, com uma redução superior a 90% em relação a manifestações anteriores. O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, agradeceu aos presentes e pediu a volta de Bolsonaro, enquanto outros líderes bolsonaristas tentaram mobilizar a base em meio a um cenário político desafiador.