Na tarde deste domingo (3), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ocuparam cerca de duas quadras da Avenida Paulista, em São Paulo, em um ato que exigiu anistia para Bolsonaro e outros condenados pelos atentados de 8 de janeiro. O protesto, organizado por políticos de direita e líderes religiosos, como o pastor Silas Malafaia, também manifestou apoio às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pediu o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O evento contou com a presença de manifestantes que, além de bandeiras do Brasil, exibiram bandeiras dos Estados Unidos. A manifestação em São Paulo foi uma das várias que ocorreram em cidades como Rio de Janeiro e Brasília, todas convocadas por aliados de Bolsonaro, que afirmam que o ex-presidente é alvo de perseguição judicial.
Bolsonaro não compareceu ao ato devido a medidas cautelares impostas pelo STF, que incluem o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de locomoção. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também não participou, alegando compromissos médicos. Os manifestantes pediram anistia ampla aos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes em janeiro, que foram considerados pela Procuradoria-Geral da República como parte de uma tentativa de golpe de Estado.
O protesto também destacou o apoio a Donald Trump, que criticou o judiciário brasileiro e chamou o processo contra Bolsonaro de "caça às bruxas". A manifestação reforçou a conexão entre os apoiadores de Bolsonaro e a política americana, com ênfase na pressão internacional sobre o Brasil e nas relações entre os dois países.