Com a chegada do inverno e a queda das temperaturas, apicultores em todo o Brasil estão redobrando os cuidados com suas colmeias. A escassez de flores durante os meses frios reduz significativamente a oferta de néctar e pólen, tornando a alimentação suplementar das abelhas essencial para garantir a sobrevivência das colônias até a primavera. Rodrigo Durieux Cunha, chefe da Divisão de Estudos Apícolas da Epagri, alerta que as abelhas tendem a reduzir sua atividade e se agrupar nas colmeias para conservar calor, o que aumenta a dependência dos estoques deixados no outono.
Cunha destaca que a alimentação de inverno é uma estratégia fundamental para a saúde das abelhas. "Se as colmeias não tiverem alimento suficiente após a colheita, é necessário repor essas reservas com alimentação artificial", explica. Os apicultores devem verificar os estoques de pólen e mel, e, caso estejam baixos, iniciar a suplementação proteica ou energética, conforme a necessidade.
Além de fornecer orientações sobre a importância da alimentação, Cunha compartilha receitas específicas para a suplementação das abelhas. A alimentação proteica, que pode incluir ingredientes como açúcar, proteína de soja e levedura inativada, é recomendada para suprir a falta de pólen. Já a alimentação energética, que utiliza xarope, é indicada para compensar a escassez de mel. Os apicultores devem aplicar essas misturas diretamente nas colmeias, garantindo que as abelhas tenham acesso ao alimento necessário para sua sobrevivência durante o inverno.