A Agência Nacional de Mineração (ANM) anunciou, nesta sexta-feira (1), a criação da Divisão de Minerais Críticos e Estratégicos, conforme publicado no Diário Oficial da União. A nova divisão visa fortalecer a atuação regulatória e de fomento da agência sobre o segmento mineral, sem relação direta com o recente interesse dos Estados Unidos por esses recursos no Brasil.
Segundo a ANM, a criação da divisão é resultado de um processo técnico e institucional que se desenvolve há anos. O trabalho da nova unidade incluirá o acompanhamento de tendências globais, elaboração de estudos sobre a oferta e demanda, além da produção de informações para orientar políticas públicas e decisões estratégicas. A chefia do setor será ocupada por um servidor de carreira da ANM.
O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) elogiou a iniciativa, considerando-a positiva para a transição energética, uma vez que os minerais críticos são fundamentais nesse contexto. O Ministério de Minas e Energia (MME) também está finalizando a elaboração de uma Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos, que visa criar um marco orientador para o setor e atrair investimentos internacionais.
O Brasil se destaca na produção de minerais essenciais, sendo líder mundial em nióbio e possuindo a segunda maior reserva de terras raras, com 23% do total global. O país também avançou no ranking de lítio, agora ocupando a sexta posição, refletindo seu potencial estratégico na economia de baixo carbono.