A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou nesta sexta-feira (29) a manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o mês de setembro. Essa decisão implica uma cobrança extra de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, mantendo o mesmo valor aplicado em agosto. A justificativa da Aneel se baseia nas condições desfavoráveis de afluência dos reservatórios das usinas hidrelétricas, que estão abaixo da média, resultando na necessidade de acionar usinas termelétricas, cujos custos são mais elevados.
Desde fevereiro, as perspectivas de chuvas têm piorado, levando à adoção da bandeira vermelha 1 em junho e ao avanço para o patamar 2 em agosto, que se estende agora para setembro. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está analisando cenários hidrológicos de longo prazo para prever os impactos da queda nas chuvas e nos níveis dos reservatórios. Esse monitoramento é crucial, pois influencia diretamente o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), que tende a aumentar em situações de maior risco para o sistema elétrico.
As implicações dessa manutenção da bandeira tarifária são significativas para os consumidores, que enfrentarão contas de luz mais altas em um cenário já desafiador. Com o aumento do uso de termelétricas devido à baixa disponibilidade hídrica, os custos adicionais podem pressionar ainda mais o orçamento das famílias e empresas. A situação requer atenção contínua das autoridades e um planejamento eficaz para mitigar os impactos sobre os consumidores nos próximos meses.