O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), assumiu a condução da investigação sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 25 de agosto de 2025. A mudança ocorreu após o caso ser transferido do ministro Dias Toffoli, a pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e foi aceita pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) defende que a investigação deve ser dividida, com parte tramitando na Corte devido a menções a autoridades com foro privilegiado, enquanto o restante seguirá na primeira instância. Desde junho, os inquéritos na primeira instância estão suspensos, após Toffoli instaurar um procedimento sigiloso no STF.
A Operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal em 23 de abril, resultou no afastamento de Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS. A operação investiga descontos irregulares que somam bilhões, realizados por associações e sindicatos de aposentados em conluio com funcionários do INSS. Atualmente, o INSS estima que cerca de R$ 3,3 bilhões são necessários para compensar os aposentados prejudicados por essas fraudes.