A Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) de Goiânia, fundamental na preservação ambiental desde 2003, enfrenta uma crise de atribuições após a recente reforma administrativa. Com a transferência de suas funções de fiscalização e licenciamento para outras secretarias, como a Secretaria Municipal de Eficiência (Sefic) e a Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo Estratégico (Seplahn), a capacidade da Amma de influenciar políticas públicas e promover ações sustentáveis está comprometida.
O prefeito Sandro Mabel (UB) justificou as mudanças como uma forma de criar um modelo administrativo mais ágil, mas essa reestruturação resultou na perda de recursos financeiros do Fundo Municipal do Meio Ambiente (FMMA), essencial para financiar projetos de preservação. Além disso, o plano de parcerias com a iniciativa privada para a gestão de parques em Goiânia pode reduzir ainda mais a atuação da Amma, levando-a a se tornar uma ‘agência artificial’, desprovida de suas principais atribuições.
Apesar de contar com um corpo técnico competente e uma presidente respeitada, Zilma Peixoto, a Amma corre o risco de perder sua relevância no cenário ambiental da cidade. A centralização das funções em outras secretarias levanta preocupações sobre o futuro da fiscalização e da promoção da sustentabilidade em Goiânia, destacando a necessidade urgente de reavaliação das políticas públicas relacionadas ao meio ambiente.