A Amazônia brasileira, lar das maiores árvores do país, enfrenta uma grave ameaça devido ao garimpo ilegal e ao desmatamento. A campanha ‘Proteja as Árvores Gigantes’, coordenada pelo instituto O Mundo Que Queremos e apoiada por mais de 20 organizações, destaca que as 20 maiores árvores da região, todas da espécie angelim-vermelho, estão em risco. Essas árvores, com idades entre 400 e 600 anos, podem desaparecer antes mesmo de serem estudadas pela ciência.
Em setembro de 2024, foi criado o Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia, em Almeirim (PA), com o objetivo de proteger a maior árvore do Brasil, um angelim-vermelho de 88,5 metros. No entanto, a gestão do parque enfrenta desafios significativos, como a falta de fiscalização adequada e a sobrecarga de um único gestor responsável por várias unidades de conservação. A situação é ainda mais preocupante no Amapá, onde garimpos ilegais operam próximos a árvores monumentais.
As implicações dessa crise ambiental são profundas, pois o desmatamento e a exploração desenfreada ameaçam não apenas as árvores gigantes, mas também a biodiversidade única da Amazônia. O Ministério Público do Amapá já propôs o tombamento de sete árvores gigantes como patrimônio natural, mas a efetividade dessas medidas depende de uma fiscalização rigorosa e de ações concretas para garantir a proteção integral dessas espécies ameaçadas.
