Em uma conversa franca no podcast Conversa Vai, Conversa Vem, do jornal O Globo, o ator Alexandre Nero abriu-se sobre sua criação machista e os comportamentos nocivos que adotou no passado. Ele reconheceu que cresceu em um ambiente que reforçava estereótipos de gênero e se comprometeu a não perpetuar esses padrões em relação aos filhos. “Fui um escroto, muitas vezes. O machismo é uma desgraça, faz mal, arrebenta com a gente”, declarou, enfatizando a necessidade de reflexão contínua sobre essas questões.
Nero também compartilhou experiências pessoais marcantes, como a perda dos pais na adolescência, que impactou profundamente sua forma de ver o mundo. Ele revelou que essa tragédia moldou sua sensibilidade e a maneira como lida com momentos significativos na vida de seus filhos. “Toda vez que meus filhos fazem algo bacana, sinto falta do meu pai”, confessou, destacando a dor que ainda carrega.
Além disso, o ator abordou a complexidade da paternidade, admitindo que não sentiu amor imediato ao ver seus filhos recém-nascidos. “Só consegui entender esse amor com a convivência”, explicou, ressaltando que o amor paterno é uma construção diária. As reflexões de Nero trazem à tona questões relevantes sobre masculinidade e paternidade na sociedade contemporânea.