O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), conseguiu algo inimaginável: unir o dividido segmento evangélico. Líderes de várias denominações se manifestaram publicamente em defesa do pastor Silas Malafaia, que está sendo investigado pela Polícia Federal por suposta tentativa de obstruir um inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. A convergência em apoio a Malafaia foi evidenciada em duas manifestações significativas, uma delas enviada pela Confederação dos Conselhos de Pastores e Líderes Evangélicos do Brasil (CONCEPAB) e o Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (FENASP).
As entidades evangélicas afirmam que a condução do inquérito fere princípios constitucionais, caracterizando um abuso de poder estatal. Elas destacam que a Constituição protege as convicções religiosas e filosóficas, e qualquer violação a esses preceitos pode ser vista como perseguição política e religiosa. Além disso, a bancada evangélica no Congresso também se manifestou, expressando preocupação com a inclusão de Malafaia no inquérito e denunciando práticas que comprometem a isonomia processual e a confiança no sistema de Justiça.
As implicações desse movimento são profundas, pois podem alterar a dinâmica entre o segmento evangélico e as instituições judiciais. A união dos líderes evangélicos em torno de Malafaia pode fortalecer sua influência política e social, ao mesmo tempo em que levanta questões sobre a liberdade religiosa e os limites da atuação do Estado. O desdobramento dessa situação poderá impactar não apenas o futuro do inquérito, mas também as relações entre diferentes grupos religiosos no Brasil.