O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, declarou hoje que ignorará as sanções financeiras impostas pelo governo dos Estados Unidos, as quais considera resultado de ações traiçoeiras de indivíduos em busca de interesses pessoais. A declaração foi feita durante a reabertura dos trabalhos do Judiciário, onde recebeu apoio de outros ministros, incluindo o presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
Barroso destacou a importância da atuação do STF na preservação da democracia, lembrando os desafios enfrentados desde 2019, como os acampamentos golpistas e a invasão das sedes dos Três Poderes. Ele elogiou Moraes pelo rigor nas investigações relacionadas a ações golpistas, afirmando que todos os réus serão julgados com base em provas, sem interferências externas.
O ministro Gilmar Mendes também se manifestou, ressaltando a gravidade da situação e a necessidade de defesa firme das instituições. Mendes criticou ataques a membros do STF, que considera parte de uma ação orquestrada contra a democracia, e afirmou que as sanções são impulsionadas por foragidos que agem covardemente. Ele reafirmou que o STF não se dobrará a intimidações, especialmente diante de evidências de crimes graves contra a Corte.
Moraes, por sua vez, enfatizou que as ações contra o STF são promovidas por uma organização criminosa, e que a Corte continuará a agir de forma independente e rigorosa, em defesa da legalidade e da democracia no Brasil.