O empresário Alex Soros, herdeiro da Open Society Foundations, declarou que as ameaças e tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra o Brasil podem resultar em um efeito contrário, elevando a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada nesta segunda-feira (25), Soros argumentou que a pressão de Trump tem como objetivo uma mudança de regime no Brasil, mas que essa abordagem já se mostrou ineficaz em outros contextos internacionais.
Soros criticou a influência do deputado federal Eduardo Bolsonaro na política dos EUA em relação ao Brasil e afirmou que não há espaço para negociações com Trump. Ele questionou a eficácia das tentativas de acordo com o presidente americano, citando exemplos de fracassos em outros países, como o Canadá. Além disso, Soros enfatizou a importância de um movimento global para conter o poder das grandes empresas de tecnologia e defendeu uma aliança entre o Mercosul e a União Europeia para proteger a soberania digital.
As declarações de Soros refletem um momento crítico nas relações entre Brasil e Estados Unidos, especialmente sob a administração de Trump. A análise sugere que as táticas do presidente americano podem não apenas falhar em seu intento de desestabilizar o governo brasileiro, mas também fortalecer a posição de Lula no cenário político. A discussão sobre a soberania digital e o papel das big techs se torna cada vez mais relevante no debate internacional sobre governança e direitos digitais.