O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) decidiu, nesta terça-feira, 26, arquivar um pedido de cassação contra o deputado estadual Lucas Bove (PL). O parlamentar é acusado de violência doméstica pela ex-mulher, a influenciadora Cíntia Chagas, mas nega as alegações. A votação resultou em 6 votos a 1 pela rejeição da representação, com a deputada Ediane Maria (PSOL) sendo a única a apoiar o processo.
Durante a sessão, Bove optou por não se defender publicamente, uma vez que o caso está sob segredo de Justiça e está sendo investigado pela 2ª Delegacia de Defesa da Mulher em São Paulo. Ele qualificou a representação como uma tentativa de desqualificação política e afirmou que a acusação se baseia em “fofoca e meias verdades”. O deputado também declarou que, caso seja condenado em segunda instância, abrirá mão do mandato.
A decisão do Conselho de Ética gerou reações entre os parlamentares. Ediane Maria expressou sua tristeza e indignação ao votar pela aceitação da representação, ressaltando a dor que a violência doméstica causa às vítimas. Por outro lado, Eduardo Nóbrega (Podemos) argumentou que o acolhimento da representação requer elementos que demonstrem materialidade e indícios de autoria. A assessoria da Alesp informou que a decisão cabe ao Conselho de Ética da Casa.