As Forças Armadas da Alemanha (Bundeswehr) demitiram 97 militares em 2024 devido a condutas extremistas, marcando um aumento de 56% em comparação a 2023. Entre os comportamentos inaceitáveis estão a saudação a Hitler, comentários racistas e vínculos com grupos inconstitucionais, evidenciando um crescimento alarmante de incidentes de extrema direita nas forças armadas. O Ministério da Defesa registrou 280 casos suspeitos em 2024, um aumento de 30% em relação ao ano anterior, e um relatório detalhado sobre o extremismo militar será divulgado em breve.
A parlamentar Zada Salihovic destacou a necessidade de ações mais rigorosas contra extremistas de direita com treinamento militar, afirmando que aqueles que rejeitam a democracia não devem ter acesso a armas ou uniformes. Apesar do governo considerar o número de incidentes pequeno em relação ao efetivo total de 180 mil militares, a pressão por investigações mais rápidas e eficazes aumenta. O comissário parlamentar das Forças Armadas, Henning Otte, reconheceu os avanços legais que facilitaram as demissões, mas enfatizou que é inaceitável que casos suspeitos aguardem muito tempo para revisão.
O porta-voz do Ministério da Defesa reafirmou que o combate ao extremismo de direita é uma prioridade máxima, ressaltando que menos de 1% dos soldados alemães apresenta atitudes extremistas consistentes. No entanto, o relatório também revelou preocupantes índices de misoginia e xenofobia entre os militares. A situação exige atenção redobrada das autoridades para garantir a integridade das Forças Armadas e a proteção da democracia no país.