O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, está considerando incluir uma visita aos Estados Unidos em sua agenda durante a missão oficial ao México, marcada para os dias 27 e 28 de agosto. A iniciativa visa reforçar o diálogo comercial com o governo norte-americano, em meio às tensões provocadas pelo aumento de tarifas anunciado pelo presidente Donald Trump.
A possibilidade de Alckmin se deslocar a Washington ainda não foi confirmada, mas é vista como uma alternativa diplomática para equilibrar as negociações comerciais. Fontes do governo indicam que uma visita apenas ao México, sem contato com autoridades dos EUA, poderia ser interpretada negativamente, especialmente em um momento de disputa comercial acirrada.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que a realização de uma missão presencial dependerá de uma agenda estruturada e de um ambiente propício ao entendimento entre os países. Uma reunião remota com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, está agendada para o dia 13 de agosto e pode servir como preparação para um encontro presencial futuro.
A viagem ao México foi confirmada pelo presidente Lula em conversa com a presidente mexicana Claudia Sheinbaum, onde ambos líderes discutiram uma nova agenda de integração econômica. Apesar do foco bilateral, a escalada tarifária imposta pelos EUA continua sendo um tema sensível na diplomacia brasileira, e a presença de Alckmin nos Estados Unidos é vista como uma sinalização da disposição do Brasil em negociar com seu segundo maior parceiro comercial.