A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar a disseminação de notícias falsas que visam o Sistema Financeiro Nacional, especialmente o Banco do Brasil (BB). O pedido foi motivado por denúncias da instituição financeira, que relatou publicações em redes sociais capazes de causar pânico entre correntistas e incentivar a retirada de recursos de contas. Entre as alegações, perfis ligados à direita sugeriram a venda de ações e a retirada de depósitos do Banco do Brasil, alegando que a instituição poderia falir devido ao descumprimento das sanções previstas na Lei Magnitsky.
O Banco do Brasil é responsável pelo pagamento da folha salarial do funcionalismo público federal, incluindo servidores do Supremo Tribunal Federal e do ministro Alexandre de Moraes, alvo das referidas sanções. A AGU destacou que esse tipo de conteúdo representa um risco à estabilidade econômica do país. A Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD) também manifestou preocupação, apontando indícios de uma ação coordenada para “aterrorizar a sociedade” com a perspectiva de um colapso no sistema bancário.
Além do impacto financeiro, a AGU sugere uma possível motivação política por trás das publicações, que tentam influenciar a opinião pública contra o STF e constranger sua atuação. O ofício do Banco do Brasil anexou os perfis identificados como responsáveis pela propagação das mensagens, incluindo os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO). O Banco do Brasil reafirmou que tomará medidas legais para proteger sua imagem e alertou que as informações divulgadas são falsas e prejudiciais à saúde financeira de seus clientes.