Produtores do agronegócio norte-americano manifestaram críticas severas às práticas ambientais e ao protecionismo do Brasil, especialmente em relação ao milho e à carne suína. As queixas foram apresentadas ao USTR (Representação Comercial da Casa Branca), com um apelo por uma resposta firme do governo de Donald Trump, destacando os prejuízos enfrentados pelos agricultores americanos no mercado global. Os produtores alegam que as políticas brasileiras têm gerado uma concorrência desleal, resultando em perdas significativas para o setor agrícola dos EUA.
Os agricultores do Arkansas, um estado conhecido pela produção de soja e algodão, enfatizaram que a expansão da produção agrícola no Brasil, impulsionada por subsídios e conversões de terras, tem elevado a demanda por insumos agrícolas e pressionado os preços para baixo. O presidente do Conselho Agrícola de Arkansas, Joe Mencer, afirmou que essa situação tem causado um impacto financeiro considerável, estimando perdas operacionais líquidas na ordem de US$ 1,145 bilhão. Além disso, a National Pork Producers Council denunciou a exclusão da carne suína americana do mercado brasileiro, apontando barreiras injustificadas que dificultam o acesso ao país.
As reivindicações dos produtores americanos podem levar a um endurecimento nas relações comerciais entre os EUA e o Brasil, com a possibilidade de novas tarifas e sanções. A situação é ainda mais complexa devido ao contexto das eleições de 2024 nos EUA, onde a política comercial será um tema central. A pressão sobre o governo Trump para agir contra o Brasil pode intensificar as tensões entre os dois países, afetando não apenas o comércio agrícola, mas também as relações diplomáticas em um cenário global já conturbado.