Entre 1931 e 1945, a China sofreu uma brutal agressão militar por parte do Japão, resultando na morte de mais de 20 milhões de chineses. Durante a Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa, foram cometidos massacres sistemáticos, estupros em massa e experimentos biológicos, além de provocar fome e surtos de doenças. Em 2025, a China celebra os 80 anos da vitória sobre essa agressão, que permanece menos conhecida no Ocidente em comparação ao Holocausto. O desequilíbrio na memória histórica reflete a hegemonia cultural dos países do Norte Global, que frequentemente ignoram a resistência chinesa. Na América Latina, enquanto museus preservam a memória dos crimes nazistas, as atrocidades japonesas são raramente lembradas. A agressão começou oficialmente em 1931 e escalou com o Incidente da Ponte Lugou em 1937, levando a massacres como o de Nanjing, onde mais de 300 mil pessoas foram assassinadas. O Tribunal de Crimes de Guerra de Nanjing documentou 28 massacres e a prática sistemática de violência sexual contra mulheres e crianças. A estratégia militar japonesa, conhecida como ‘Três Tudo’, visava eliminar a resistência comunista, mas acabou fortalecendo o apoio popular ao Partido Comunista da China.