O advogado Carlos José Luna dos Santos Pinheiro, investigado por sua suposta ligação com uma organização criminosa composta por desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça do Maranhão, foi flagrado tentando destruir provas durante a Operação 18 Minutos. A ação, deflagrada em 14 de agosto de 2022, pela ordem do ministro José Otávio de Noronha, da Superior Tribunal de Justiça, levou a Polícia Federal a realizar prisões e buscas em diversos endereços, incluindo o de Luna, em São Luís.
De acordo com os investigadores, ao perceber a chegada da polícia, Luna arremessou seu celular pela janela do décimo andar de seu apartamento. O aparelho foi recuperado pelo porteiro do condomínio e entregue às autoridades, que constataram danos significativos. A perícia da Polícia Federal não conseguiu extrair dados do dispositivo, que estava danificado. A Procuradoria-Geral da República atribui a Luna crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, além de obstrução à investigação.
Outro advogado envolvido, Edilázio Gomes da Silva Júnior, também é acusado de tentar destruir provas. Ele, que é genro da desembargadora Nelma Sarney, estava em Brasília no dia da operação e retornou a São Luís, onde foi abordado pela polícia. Os agentes descobriram que ele havia restaurado seu celular para as configurações de fábrica, eliminando todos os dados, pouco antes de sua chegada. A PGR estima que a organização criminosa tenha movimentado cerca de R$ 54,7 milhões em atividades ilícitas, evidenciando a gravidade do esquema.