O advogado Martin de Luca, que representa Donald Trump e atua como conselheiro jurídico do ex-presidente dos Estados Unidos, se manifestou nesta quarta-feira (20) após ser mencionado em uma investigação da Polícia Federal (PF) relacionada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma publicação no X (antigo Twitter), De Luca negou ter atuado em conspiração e criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que autorizou a investigação, afirmando que sua atuação profissional está sendo alvo de tentativas de criminalização.
De acordo com a PF, mensagens entre Bolsonaro e De Luca revelam que o ex-presidente buscou ajuda do advogado para redigir uma nota pública em resposta ao tarifaço de 50% anunciado por Trump contra produtos brasileiros. O relatório da PF sugere que esses contatos indicam uma possível subordinação de Bolsonaro a interesses estrangeiros, levantando questões sobre sua estratégia para coagir ministros do STF e influenciar a opinião pública.
De Luca também criticou o que chamou de “campanha de censura” promovida por Moraes, alertando que qualquer um que critique ou exponha essa situação pode se tornar alvo. Ele concluiu afirmando que a responsabilização do ministro virá “na Justiça americana”, indicando um desdobramento potencialmente significativo na relação entre os dois países e suas respectivas instituições judiciais.