A Archer Daniels Midland (ADM), uma das principais trading de commodities agrícolas dos Estados Unidos, anunciou um lucro líquido de US$ 219 milhões, ou US$ 0,45 por ação, no segundo trimestre de 2025, encerrado em 30 de junho. O resultado, divulgado na terça-feira, 5, representa uma queda de 55% em relação ao lucro de US$ 486 milhões, ou US$ 0,98 por ação, registrado no mesmo período do ano anterior. A receita da companhia também apresentou uma diminuição de 4,9%, totalizando US$ 21,166 bilhões, abaixo das expectativas de analistas que projetavam US$ 22,03 bilhões.
A divisão de Serviços Agrícolas e Oleaginosas, responsável pela compra, transporte e processamento de soja e sementes, reportou uma receita de US$ 16,269 bilhões, inferior aos US$ 17,333 bilhões do ano passado. Em contraste, o segmento de Nutrição, que abrange a produção e venda de proteínas e ingredientes à base de plantas, registrou um leve aumento na receita, passando de US$ 1,908 bilhão para US$ 1,993 bilhão. A Divisão de Soluções de Carboidratos, por sua vez, viu sua receita cair de US$ 2,894 bilhões para US$ 2,792 bilhões.
O lucro operacional da ADM foi de US$ 830 milhões, uma redução de 10% em comparação ao mesmo período do ano anterior. As perdas foram atribuídas principalmente ao segmento de Serviços Agrícolas e Oleaginosas, que teve um lucro operacional de US$ 379 milhões, e à Divisão de Soluções de Carboidratos, com US$ 337 milhões. O CEO da empresa, Juan Luciano, destacou que, apesar dos desafios enfrentados, a ADM continua focada em melhorias operacionais e na alocação disciplinada de capital.
Para o ano de 2025, a ADM revisou sua previsão de lucro por ação ajustado para cerca de US$ 4,00, com base no desempenho do primeiro semestre e na expectativa de margens melhoradas no quarto trimestre. Analistas estimam um lucro ajustado de US$ 3,99 por ação para o ano, refletindo a cautela da empresa em um ambiente de incertezas comerciais e preços baixos para commodities.