A Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) decretou, nesta segunda-feira (25), uma situação crítica de escassez hídrica nos rios Juruá, Purus e seus afluentes, além do Rio Acre e do Rio Iaco, no Acre. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado e é válida até 31 de outubro deste ano, podendo ser prorrogada caso as condições de seca persistam. O órgão acompanhará a situação hidrometeorológica da bacia para identificar impactos sobre os usos da água e propor medidas de mitigação.
O governo federal já havia reconhecido, no último dia 18 de agosto, a situação de emergência em 21 cidades do Acre devido à seca nos rios que cortam o estado. Apenas a capital, Rio Branco, não está inclusa, pois a situação foi decretada individualmente. O baixo nível de chuvas, com apenas 8 mm em julho, contribuiu para a crise, que afeta diretamente o abastecimento de água e a navegação, isolando comunidades e dificultando o transporte de bens essenciais.
As consequências da estiagem incluem altas temperaturas, aumento de queimadas e riscos à alimentação de estudantes em áreas rurais. O secretário de Meio Ambiente do Acre destacou a importância do decreto para agilizar ações de socorro e a necessidade de união entre os poderes públicos para enfrentar essa crise hídrica recorrente. Um grupo de gestão de crise será formado para definir as ações necessárias para atender a população afetada.
Acre enfrenta crise hídrica com decreto da Agência Nacional de Águas
