Nesta quarta-feira, 6 de agosto, o Acre celebra os 122 anos da Revolução Acreana, um marco histórico que resultou na anexação do território ao Brasil no início do século XX. O conflito, que teve início em 1902, foi motivado pela disputa entre brasileiros e o governo boliviano pela exploração do látex na região. Plácido de Castro, gaúcho nascido em São Gabriel (RS), destacou-se como o principal líder militar da fase final da revolução.
A Revolução Acreana começou após mais de três anos de tensões entre os brasileiros que ocupavam a área desde a década de 1870 e as autoridades bolivianas. A luta culminou em 1903 com a incorporação do Acre ao Brasil. Plácido de Castro, que havia se mudado para a Amazônia em busca de oportunidades na economia da borracha, assumiu a liderança do movimento armado em 1902, após a assinatura de um contrato entre a Bolívia e um consórcio internacional que ameaçava os interesses brasileiros na região.
Historiadores, como Marcus Vinícius Neves, ressaltam que a figura de Plácido de Castro foi idealizada ao longo do tempo, sendo visto como um herói da resistência acreana. No entanto, Neves destaca que ele era um homem comum, moldado por um contexto de autoritarismo e militarismo. A Revolução Acreana não apenas simbolizou a luta pela autonomia regional, mas também refletiu as complexidades sociais e políticas da época, marcadas por um forte sentimento patriótico e uma sociedade predominantemente masculina.