O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), firmou um acordo com deputados da oposição na quarta-feira (6 de agosto de 2025) para desocupar a Mesa Diretora da Casa. A decisão ocorreu após dois dias de obstrução por parte de parlamentares do PL (Partido Liberal), que protestavam contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou que a oposição decidiu liberar o plenário após Motta se comprometer a pautar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa o fim do foro privilegiado, além de um projeto de anistia para presos e investigados relacionados aos eventos de 8 de janeiro. "Na próxima semana, abriremos os trabalhos dessa Casa pautando a mudança do foro privilegiado para tirar a chantagem que muitos parlamentares vêm sofrendo", declarou Sóstenes.
Informações obtidas pelo Poder360 indicam que Motta se comprometeu a não barrar a votação dos projetos, caso essa seja a decisão do colégio de líderes. Partidos como PP, União Brasil, Novo, PL e PSD manifestaram apoio à inclusão dos projetos na pauta. A proposta de fim do foro privilegiado busca que, ao deixar o cargo, políticos respondam a processos na 1ª Instância, enquanto a anistia pretende perdoar todos os acusados pela tentativa de golpe de Estado nos últimos anos.