As ações do Banco do Brasil (BBAS3) têm passado por um período de intensa volatilidade, especialmente após as incertezas geradas pela Lei Magnitsky. No último dia 15, os papéis surpreenderam ao registrar uma alta de 4%, apesar de uma queda significativa de 60% no lucro do segundo trimestre de 2025, o que levou alguns analistas a considerá-los como uma ‘compra tática’. Entretanto, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que restringe o bloqueio de ativos de brasileiros, provocou uma queda de cerca de 6% nas ações na terça-feira, acentuando as preocupações no mercado financeiro.
A deterioração dos resultados do Banco do Brasil, impulsionada pela inadimplência no setor agropecuário, tem gerado um clima de cautela entre os investidores. A situação se torna ainda mais delicada devido à relação do banco com a folha de pagamento dos servidores federais e as implicações da Lei Magnitsky, que impõe sanções a autoridades brasileiras. Especialistas alertam que a aplicação dessa lei pode criar um impasse jurídico e elevar o custo de capital para as instituições financeiras, afetando suas operações internacionais.
O ambiente de incerteza em torno da legislação e das sanções internacionais tem levado os bancos a adotar medidas cautelares, como o bloqueio de cartões de bandeiras americanas. Apesar da pressão, analistas acreditam que o impacto direto sobre os bancos é limitado, mas a volatilidade deve persistir até que haja maior clareza jurídica e política. A expectativa é que qualquer decisão favorável ao setor possa trazer um alívio ao mercado e estabilizar as ações do Banco do Brasil.