As ações do Banco do Brasil (BBAS3) sofreram uma queda significativa na Bolsa de Valores nesta sexta-feira, 1º de agosto de 2025, após a divulgação de resultados financeiros decepcionantes para o segundo trimestre. Inicialmente, os papéis operavam próximos à estabilidade, mas, às 15h30, a situação se agravou, resultando em uma desvalorização de 6,85%, fechando a R$ 18,35.
O impacto negativo foi atribuído a uma combinação de fatores, incluindo revisões para baixo nas projeções financeiras por instituições como o Morgan Stanley, que indicou uma queda de 50% no lucro trimestral em relação ao ano anterior. Além disso, o Banco Central divulgou dados operacionais alarmantes, revelando um lucro líquido de apenas R$ 516 milhões em maio, muito abaixo das expectativas do mercado, que projetavam R$ 4,89 bilhões.
As especulações sobre possíveis sanções do governo dos EUA a instituições financeiras brasileiras, em decorrência de um pedido de Eduardo Bolsonaro para bloqueio de bens do ministro Alexandre de Moraes, também contribuíram para a instabilidade das ações. O BTG Pactual, por sua vez, cortou suas previsões para o Banco do Brasil, reduzindo o preço-alvo de R$ 30 para R$ 24, reforçando a recomendação neutra para os papéis da instituição.
Analistas destacam que a deterioração da carteira de crédito, especialmente no segmento do agronegócio, continua a ser uma preocupação central para os investidores. As expectativas para o desempenho futuro do Banco do Brasil permanecem sombrias, à medida que o mercado aguarda novos dados e reações do governo em relação às sanções propostas.