O ABC do Nordeste, uma variante do alfabeto brasileiro, continua a ser utilizado na alfabetização de crianças em várias regiões do país. Desde a década de 1950, a canção “ABC do Sertão” de Luiz Gonzaga destaca essa versão, que apresenta nomes alternativos para algumas consoantes, como ‘fê’ para ‘éfe’ e ‘guê’ para ‘gê’. Educadores afirmam que essa abordagem é mais prática e intuitiva para o aprendizado inicial, facilitando a compreensão dos sons das letras.
Pesquisadores e professores, como Liane Castro e Leila Lago, ressaltam que o ABC nordestino se alinha melhor à lógica fonética, tornando o processo de alfabetização mais acessível. A professora Ana Paula Capistrano também observa que muitas crianças já chegam à escola com algum conhecimento das letras, influenciadas por músicas e interações sociais. Essa familiaridade ajuda na transição entre as duas versões do alfabeto.
A história do ABC do Nordeste remonta ao período colonial, quando manuais didáticos começaram a sugerir nomes que refletissem os sons das letras. Embora não haja um consenso sobre sua origem exata, a variante se consolidou como uma ferramenta valiosa na educação infantil. O reconhecimento e a adoção dessa versão podem ter implicações significativas para a forma como as crianças aprendem a ler e escrever no Brasil.