A AB InBev, maior cervejaria do mundo, viu suas ações despencarem 11,5% na última quinta-feira (31), a maior queda diária desde 2020. O resultado negativo ocorreu após a divulgação de volumes de vendas do segundo trimestre que não atenderam às expectativas do mercado, especialmente em mercados cruciais como Brasil e China. O CEO da empresa, Michel Doukeris, reconheceu que o volume de vendas não estava satisfatório, mas destacou o crescimento em lucro e receita.
As dificuldades enfrentadas pela AB InBev refletem um cenário mais amplo de desafios no setor de bebidas. A concorrente Heineken também reportou queda em suas ações, de mais de 8%, após alertar sobre volumes abaixo do esperado e a incerteza em relação às tarifas comerciais nos Estados Unidos. Especialistas indicam que o aumento de preços não é suficiente para garantir o crescimento, uma vez que os consumidores podem optar por alternativas.
Na China, a AB InBev está mudando sua estratégia, buscando aumentar as vendas para consumo doméstico, em vez de depender de bares e restaurantes, que foram impactados por novas restrições governamentais. A empresa espera que a situação melhore no segundo semestre, mas a combinação de mau tempo e inflação continua a afetar suas operações, levantando preocupações sobre o futuro do volume de vendas até 2025.