O fenômeno do fast-food, que hoje é uma presença global, tem suas origens em práticas alimentares que remontam à Idade Média. Vendedores de comida pronta, que operavam em mercados, desempenhavam um papel crucial na alimentação de populações urbanas em expansão, como Londres e Paris, entre os séculos 10 e 15. À medida que as cidades se urbanizavam, a demanda por refeições rápidas e acessíveis crescia, levando à popularização das barracas de comida de rua.
Esses vendedores atendiam tanto ricos quanto pobres, oferecendo uma variedade de alimentos práticos, como tortas de carne e peixes fritos. Com o tempo, as barracas de comida se tornaram mais regulamentadas e especializadas, refletindo as mudanças nas condições econômicas e nas preferências dos consumidores. Apesar das transformações, a essência do fast-food permaneceu: a necessidade de refeições rápidas em um mundo cada vez mais acelerado.
Um exemplo emblemático dessa evolução é o fish and chips, que surgiu em Londres por volta de 1860 e rapidamente se espalhou pelo Reino Unido e além. Este prato, que combina iscas de peixe com batatas fritas, tornou-se um símbolo da cultura alimentar britânica, com uma parte significativa da produção pesqueira e agrícola do país dedicada a sua preparação. Assim, o fast-food, que parecia ser uma invenção moderna, tem raízes profundas na história da alimentação humana.