Em um artigo publicado pela Folha de S.Paulo, a discussão gira em torno da relação entre a democracia e as multidões que invadem os museus nas grandes cidades. O autor expressa sua insatisfação com a experiência de visitar esses espaços, onde muitos frequentadores parecem mais interessados em tirar selfies do que em apreciar as obras de arte, como a famosa Mona Lisa. Essa superficialidade na interação com a cultura levanta questões sobre o verdadeiro significado da democracia e da apreciação artística.
O texto destaca que a presença massiva de pessoas nos museus pode transformar esses locais em ambientes insuportáveis, onde a contemplação e o respeito pela arte são comprometidos. A crítica se estende à forma como as multidões se comportam, sugerindo que essa busca por validação nas redes sociais ofusca o valor intrínseco das obras expostas. Assim, o autor propõe uma reflexão sobre como a democracia deve ser vivida longe da frenética busca por atenção e reconhecimento.
Por fim, o artigo sugere que salvar a democracia implica em promover uma cultura de apreciação mais profunda e menos superficial. Isso requer um afastamento das multidões enlouquecidas que invadem os espaços culturais, permitindo que os indivíduos se conectem verdadeiramente com a arte e a história. A mensagem é clara: para valorizar a democracia, é preciso cultivar um ambiente que favoreça a contemplação e o respeito mútuo pela cultura.