O Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC) confirmou que 881 pinguins-de-magalhães foram encontrados mortos no litoral de São Paulo, com a maior concentração em Ilha Comprida. Até a última segunda-feira (25), apenas um pinguim foi resgatado com vida e está em processo de reabilitação. Os animais estavam em estágio avançado de decomposição, dificultando a determinação exata das causas das mortes, que podem estar relacionadas à longa migração, escassez de alimento e interações com atividades pesqueiras.
O IPeC já havia alertado sobre um cenário preocupante nesta temporada, com um número elevado de pinguins encalhados e muitos debilitados. Comparado aos dois anos anteriores, os pinguins deste ano chegaram às praias com baixo peso, sinais de interação com redes de pesca e problemas respiratórios significativos. O monitoramento continua sendo realizado pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), que abrange as áreas de Iguape, Ilha Comprida e Cananéia.
As implicações desse evento são alarmantes, pois indicam uma possível crise ambiental que afeta a fauna marinha local. O IPeC recomenda que a população entre em contato caso encontre animais marinhos debilitados na região, destacando a importância da conscientização e do cuidado com a vida selvagem. A situação requer atenção urgente para evitar mais perdas na biodiversidade da região.