Em 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram a primeira bomba atômica da história sobre Hiroshima, no Japão, resultando na morte imediata de cerca de 80.000 pessoas. O ataque, que fez parte da estratégia para forçar a rendição japonesa, ocorreu no contexto do fim da Segunda Guerra Mundial, que já havia causado milhões de mortes em todo o mundo. Três dias depois, em 9 de agosto, uma segunda bomba, chamada Fat Man, foi lançada sobre Nagasaki, causando mais 39.000 mortes instantâneas.
A decisão de utilizar as bombas atômicas foi tomada pelo presidente Harry Truman, que assumiu o cargo após a morte de Franklin D. Roosevelt. Truman, ciente do Projeto Manhattan, um programa secreto que desenvolveu a arma, emitiu a Declaração de Potsdam, exigindo a rendição incondicional do Japão. Sem resposta do governo japonês, os EUA optaram pela ação militar, resultando na devastação das duas cidades e forçando a rendição oficial do Japão em 15 de agosto de 1945.
O uso das bombas atômicas permanece um tema de intenso debate acadêmico e político, levantando questões sobre as consequências humanitárias e éticas do uso de armas de destruição em massa. Documentos da Biblioteca Harry S. Truman indicam que o presidente justificou a ação como um meio de acelerar o fim da guerra e evitar mais mortes, embora o ataque a Pearl Harbor em 1941 tenha sido o principal motivador para a entrada dos EUA no conflito. O oitavo aniversário do bombardeio de Hiroshima serve como um lembrete das devastadoras consequências da guerra e do impacto duradouro sobre a população civil.