Cerca de 5 mil mulheres indígenas de diversos biomas e estados do Brasil participam, de 4 a 6 de agosto, da 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas em Brasília. Com o tema "Mulheres Guardiãs do Planeta pela Cura da Terra", o evento visa discutir políticas públicas, direitos e o futuro dos territórios indígenas. Durante a conferência, serão elaboradas 50 propostas prioritárias para um "Plano Nacional de Políticas para Mulheres Indígenas sob a perspectiva de Enfrentamento às Violências".
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, anunciou que ao final do encontro será assinada uma portaria conjunta com o Ministério das Mulheres para a criação de um grupo de trabalho interministerial, que dará continuidade à construção desse plano. Entre os temas abordados estão a demarcação de terras, saúde da mulher indígena, educação e combate à violência de gênero.
Sônia Guajajara expressou preocupação com a lei do Marco Temporal, que pode dificultar a homologação de terras indígenas, e criticou a aprovação de um projeto no Senado que suspendeu decretos de homologação de terras em Santa Catarina. Apesar dos desafios, a ministra destacou os avanços na demarcação de 13 territórios indígenas e a desintrusão de áreas invadidas, ressaltando a importância dessas ações para a proteção ambiental e a redução do desmatamento.