Mulheres indígenas de diversas regiões do Brasil se reúnem em Brasília de 2 a 8 de agosto de 2025 para a 4ª Marcha das Mulheres Indígenas, que tem como lema "Nosso corpo, nosso território: somos as guardiãs do planeta". O evento ocorre em paralelo à 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas, que se estende de 4 a 8 de agosto e busca promover a formulação de políticas públicas voltadas para este grupo.
A conferência, que espera reunir cerca de 5.000 participantes, está sendo realizada no Espaço Cultural Ibero-Americano, antiga sede da Funarte, e é organizada pela Anmiga (Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade). Durante a marcha, programada para o dia 7 de agosto, as manifestantes se concentrarão no mesmo local e seguirão até o Congresso Nacional, onde apresentarão a "Carta dos Corpos-Territórios em Defesa da Vida" aos parlamentares.
O evento ocorre em um contexto crítico para a pauta ambiental, uma vez que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem até 8 de agosto para decidir sobre o PL 2.159 de 2021, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados em julho. Conhecido como "PL da Devastação", o projeto propõe alterações nas regras de licenciamento ambiental e isenta empreendimentos militares, além de atividades de pecuária de pequeno porte, das exigências de licenciamento, o que gera preocupação entre movimentos socioambientais.