A 3D Minerals, uma empresa quase desconhecida criada há menos de dois anos em Belo Horizonte, chamou atenção ao arrematar 116 áreas de minerais críticos no último leilão da Agência Nacional de Mineração (ANM), realizado em agosto de 2025. Com um capital social de apenas R$ 5 mil, a companhia garantiu o direito de pesquisar 101 áreas de cobre, 13 de níquel e duas de tântalo, totalizando uma área sob sua gestão de 6,4 mil km², equivalente a mais de quatro vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
A maior parte das áreas conquistadas pela 3D Minerals está localizada em Mato Grosso (61 áreas), seguida por Bahia (22), Pará (18), Goiás (9), Paraíba (2), Roraima (3) e Rondônia (1). Apesar do tamanho do resultado, a empresa não possui histórico no setor, e seu endereço em Belo Horizonte abriga diferentes empresas da família Wanderley, sócios da 3D Minerals. O site da empresa não apresenta informações relevantes, o que levanta dúvidas sobre sua capacidade operacional.
O sucesso da 3D Minerals no leilão pode ter implicações significativas para o mercado de minerais estratégicos no Brasil, especialmente considerando a crescente demanda global por esses recursos em tecnologia e energia. A concorrente 3A Mining, com capital social de R$ 95,9 milhões, ficou em segundo lugar com 40 áreas arrematadas, enquanto a Gestão de Ativos Brasil, de Santa Catarina, conquistou 17 áreas. O futuro da 3D Minerals e sua capacidade de operar efetivamente essas áreas ainda permanecem incertos.