Uma nova pesquisa revela que o zooplâncton, frequentemente vendido como alimento para aquários, desempenha um papel crucial na mitigação do aquecimento global. Os pequenos organismos, que migram para as profundezas do Oceano Antártico, armazenam carbono em suas gorduras, evitando que esse gás contribua para o aquecimento da atmosfera. De acordo com o estudo liderado por Guang Yang, da Academia Chinesa de Ciências, a quantidade de carbono retida pelo zooplâncton equivale às emissões anuais de cerca de 55 milhões de carros a gasolina.
Os pesquisadores, incluindo a coautora Jennifer Freer do British Antarctic Survey, destacam a importância desses animais, que, apesar de sua relevância ecológica, são frequentemente ignorados em comparação com espécies mais icônicas como baleias e pinguins. O zooplâncton, em especial os copépodes, passa a maior parte de sua vida nas profundezas do oceano, onde queimam lentamente a gordura acumulada, liberando dióxido de carbono em um processo que pode levar décadas para reverter.
Os cientistas estão investindo milhões de dólares globalmente para entender melhor como esses organismos armazenam carbono e como suas migrações impactam o clima. O estudo recente foca não apenas nos copépodes, mas também em outros tipos de zooplâncton, como krill e salpas, que se alimentam do fitoplâncton e contribuem para o ciclo de carbono nos oceanos. A pesquisa enfatiza a necessidade de valorizar e proteger essas criaturas, que desempenham um papel vital na regulação do clima da Terra.