O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, anunciou nesta sexta-feira (25) que as negociações entre representantes ucranianos e russos estão em andamento para avaliar a possibilidade de um encontro com o presidente Vladimir Putin. Zelenski considera essa reunião um passo essencial para buscar o fim do conflito, mas enfrenta resistência por parte do Kremlin.
Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que não haverá um encontro presidencial antes do final de agosto, destacando que uma cúpula deve ocorrer apenas quando um acordo estiver próximo de ser finalizado. A Rússia impõe como condição para as negociações a retirada das forças ucranianas dos territórios ocupados.
Além disso, o ultimato de 50 dias proposto pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, para um cessar-fogo, que inclui ameaças de sanções à Rússia e seus aliados comerciais, foi recebido com ceticismo em Moscou. Analistas próximos ao governo russo consideram o prazo irrealista e apontam a lentidão da ajuda militar dos Estados Unidos à Ucrânia como um fator complicador.
Enquanto as discussões políticas avançam lentamente, os dois países realizaram uma nova troca de prisioneiros na quarta-feira (23), resultando na libertação de cerca de 1.200 pessoas, incluindo civis. Este gesto é um dos poucos sinais de distensão desde o início do conflito.