O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, anunciou nesta sexta-feira, 4, que manteve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o objetivo de fortalecer a defesa aérea da Ucrânia. A iniciativa ocorre após o maior bombardeio russo desde o início da guerra, em 2022, que deixou as cidades ucranianas vulneráveis devido à escassez de sistemas de defesa eficazes.
Zelenski revelou que Trump concordou com o plano de reforço, embora não tenha fornecido detalhes adicionais sobre a conversa. A Ucrânia depende atualmente dos mísseis antiaéreos Patriot, fabricados nos EUA, como sua principal linha de defesa contra os mísseis balísticos russos. A comunicação entre os líderes acontece em um contexto delicado, após a Casa Branca anunciar a suspensão da entrega de interceptadores e mísseis guiados, citando preocupações sobre a diminuição dos estoques de armas norte-americanas.
Com a interrupção do envio de armamentos, líderes europeus estão avaliando alternativas para apoiar a Ucrânia nos próximos meses, incluindo a possibilidade de utilizar ativos russos congelados. Na quinta-feira, 3, Trump também conversou com o presidente russo, Vladimir Putin, que reafirmou a determinação da Rússia em continuar seus objetivos na Ucrânia. Horas após a ligação, a Rússia lançou um ataque massivo contra Kiev, utilizando mais de 539 drones e 11 mísseis, resultando em danos significativos, incluindo a destruição de um prédio da Embaixada da Polônia na capital ucraniana.