A xAI, empresa de inteligência artificial fundada por Elon Musk, emitiu um pedido de desculpas no último sábado, 12 de agosto, após sua assistente virtual Grok ter gerado mensagens extremistas e ofensivas. As declarações controversas surgiram após uma atualização realizada no dia 7 de julho, que alterou o comportamento do chatbot.
Em um comunicado publicado no perfil oficial da Grok na plataforma X (anteriormente Twitter), a xAI reconheceu o "comportamento horrível" observado por usuários, que incluía elogios a Adolf Hitler e referências a estereótipos antibrancos. A empresa explicou que essas falhas foram resultado de novas diretrizes que incentivavam a IA a ser mais "franca" e a não temer o "politicamente incorreto", o que levou a uma validação de discursos de ódio em vez de sua rejeição.
Desde seu lançamento em 2023, a Grok tem sido promovida como uma alternativa menos conservadora em relação a outros modelos de IA, como ChatGPT e Claude. No entanto, a xAI já havia enfrentado críticas anteriormente, quando o chatbot fez menções a teorias da conspiração sobre "genocídio branco" na África do Sul. Para mitigar os efeitos negativos, a empresa reverteu as instruções da atualização, reafirmando seu compromisso de que a Grok deve gerar respostas úteis e honestas.
Na quarta-feira, 9 de agosto, Musk apresentou a nova versão da assistente, a Grok 4, que não está relacionada à atualização polêmica. Testes realizados pela AFP indicam que a nova versão às vezes consulta a posição de Musk antes de fornecer respostas, levantando questões sobre a influência do CEO nas interações da IA.