O diretor do Federal Reserve (Fed), Christopher Waller, declarou que aceitaria presidir o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) caso fosse convocado pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A afirmação foi feita durante uma entrevista à Bloomberg TV na manhã de sexta-feira, 18, embora Waller tenha enfatizado que essa situação é meramente hipotética, uma vez que não houve contato oficial até o momento.
Nos últimos dias, Trump negou rumores sobre a possibilidade de demitir o atual presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, mas reiterou suas críticas à gestão de Powell e à alta taxa de juros no país. Em uma análise mais ampla, Waller expressou a possibilidade de um corte de juros de 25 pontos-base em julho, citando preocupações com o estado do mercado de trabalho, apesar da inflação ainda acima da meta estabelecida.
Waller destacou que, embora os dados do mercado de trabalho pareçam positivos, há sinais de enfraquecimento, como a taxa de desemprego entre jovens graduados, que chega a 7%. Ele argumentou que o Fed deve agir proativamente para evitar um agravamento da situação econômica. "Cortar juros em julho não é crítico, mas devemos agir antes que seja tarde demais", afirmou.
Por fim, Waller se mostrou cauteloso ao afirmar que sua posição pode não ser compartilhada por outros dirigentes do Fed, ressaltando a importância do debate democrático nas decisões do comitê. "Não quero me comprometer antes da reunião. A decisão dependerá dos dados e do debate que teremos", concluiu.